quinta-feira, 15 de julho de 2010

História

A história da Fazenda da Posse remonta ao ano de 1764, quando o vice-rei do Brasil, D. Antônio Álvares da Cunha (Conde da Cunha), concedeu a Francisco Gonçalves de Carvalho uma Sesmaria para a construção de Barra Mansa. Assim surgia o lançamento da primeira construção de Barra Mansa, que se tem registro. As obras foram demoradas, apesar da grande mão-de-obra, do número de pessoas envolvidas, terminando em 1768, quatro anos depois.
Uma fazenda importante em que toda a região despontava, então, como o primeiro marco para o desenvovimento das terras onde se encontra o município de Barra MAnsa. O Fazendeiro Francisco Gonçalves de Carvalho era homem importante na Corte Imperial, com ligações nos meios políticos. Ele se dedicou durante 10 anos seguidos à agropecuaria, produzindo, além do leite, mandioca, milho e até o anil usado para tingir roupas.
Vinte anos após a presença do sesmeiro original, vamos encontrar a Fazenda da Posse na propriedade de outro pioneiro barramansense, embora Português de nascimento, o Sargento-mor José Pereira da Cruz, que, junto com descendentes e colaterais, prestou relevantes serviços à comunidade nos seus primeiros tempos, consolidou e deu contornos definitivos à Fazenda, inclusive abrindo no local um importante pouso para tropeiros, ele próprio também empresário do ramo, pois possuía inúmeras tropas de burros. Ali os tropeiros, que demandavam para São Paulo e Sul de Minas, acampavam e descansavam.
Posteriormente, no ano de 1880, no local onde já começava a formar um núcleo de população urbana, em torno do engenho da Fazenda da Posse, o Sargento Mor José Pereira da Cruz, levantou uma capela sob a invocaçao de "São Sebastião da Posse", sendo esse o primeiro marco da fé cristã em nosso município e nela foram batizados os três primeiros filhos do Barão de Aiuruoca, homem que mais tarde, depois de Francisco Gonçalves de Carvalho e José Pereira da Cruz, ajudou tanto no desenvlvimento do município doando suas terras, que foi considerado fundador de Barra Mansa.
Quem primeiro exerceu os ofícios religiosos nessa Capela, em 1802 (sob licença do Vigário de São Marcos, a cuja Freguesia, a Capela da Posse, foi filial até 1811 e depois a Sant'Anna do Piraí), foi o Padre Joaquim Gonçalves de Moraes, irmão do Barão de Piraí.
Certamente já existia um cemitério no local que , no princípio, era de uso particular. Com o crescimento do núcleo urbano, passou a ser utilizado também para o sepultamento dos mortos do povoado contíguo a propriedade base e, mais tarde, a receber os mortos do povoado, depois Vila, que se formou em torno da atual Matriz de São Sebastião. Funcionou o Velho Cemitério Municipal de São Sebastião entre aproximadamente 1845 e 1869 e, concomitantemente com os sepultamentos que eram realiados no Cemitério da Posse, ocorriam os sepultamentos, embora proibidos por Lei, das pessoas mais importantes do lugar nas catacumbas construídas atrás da Matriz de São Sebastião e que foram desativadas também com o novo Cemitério Municipal. No Cemitério da Posse foram sepultadas também inúmeras pessoas de projeção, como por exemplo, além do próprio Sargento-mor José Pereira da Cruz, em 1842, Dona Helena Severina de Oliveira Ferraz, falecida de "Ataques histéricos", mullher do Tenente Coronel Bernardino José Vieira Ferraz, proprietário da Fazenda Retiro, no Bairro de mesmo nome em Volta Redonda e figuras de relevo na comunidade social e política de Barra Mansa da época.
Em 1820, foi construída, onde hoje está a Matriz de São Sebastião, uma capela também sob a invocação desse Santo, em terras doadas pelo Coronel Custódio Ferreira Leite (depois Barão de Aiuruoca) - 100 braças quadradas (484m), tendo como primeiro Capelão o prórpio. Posteriormente, entre 1838/1839 esteve sob o comando do Capitão Antônio Marcondes do Amaral (sobrinho do Coronel Marcondes). Em 1859, foi construída a atual Matriz que começou, como era comum à época, pela Capela-mor do novo Templo.
A Fazenda da Posse, já em pleno ciclo cafeeiro, passou ao Comendador João Pereira da Cruz (nascido em 1824, falecido e enterrado no Cemitério de São Sebastião em 1878), fugura importante na história de Barra Mansa e sucessor do Sargento-mor Pereira da Cruz. Depois ao Capitão José Simplício Ribeiro, e após ter passado por vários proprietários, como a Companhia metalúrgica Barbará, teve a Casa sede e 20.000m do terreno original adquiridos pela Municipalidade de Barra Mansa em 1970.

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